5 de abril de 2011

Mergulhar

Bom, como o nosso blog é destinado também ao compartilhamento de nossas experiências, vou falar um pouco da minha mais recente: o mergulho autônomo

Segundo o site Mergulhar, existem três tipos de mergulho: o livre (em que a pessoa mergulha apenas com uma máscara, um respirador - snorkel - e nadadeiras), o autônomo (em que é levado também um cilindro de ar comprimido e um colete flutuante) e o dependente (feito por profissionais - que trabalham em plataformas de petróleo, por exemplo - em que o suprimento de ar fica na superfície, não havendo limitação de tempo embaixo d’água).

Tive a oportunidade de fazer o autônomo duas vezes, a primeira em Fernando de Noronha e a segunda na Ilha do Xavier, em Florianópolis. Como eu nunca fui uma pessoa muito apta a ficar muito tempo embaixo d’água (hehe), o mergulho com cilindro nunca me atraiu muito. Mas a chance de fazer em Noronha, em julho de 2010, foi algo que eu não podia desperdiçar por medo. Eu e o Mau compramos o mergulho da empresa Atlantis Divers, à qual só posso fazer elogios. Fomos num barco até o ponto de mergulho, e durante o caminho o instrutor explicou todo o procedimento, foi bem atencioso e tirou todas as dúvidas. Nesse momento eu já tava zonza de nervosa, mas tudo bem, entendi tudo. (sim, é possível espirrar, tossir e até vomitar lá em baixo sem morrer; sim, tem como tirar água da máscara caso entre; sim, há um jeito de tirar a água que entrar no respirador; etc etc. haha)

Recebendo instruções - F. Noronha
O meu maior medo era estourar os tímpanos. Como descemos cerca de 12 metros, mais ou menos de metro em metro é necessário fazer a equalização da pressão no ouvido, e isso eu nunca soube fazer muito bem, mesmo no mergulho livre. Pra minha felicidade, descobri lá em baixo que não precisava tampar o nariz e assoprar como a maioria, só fazendo o movimento de bocejar já despressurizava corretamente. UFA!

A respiração pelo respirador também foi uma coisa bem estranha, pois só é possível respirar pela boca, e a minha ficou muito seca. Além disso, como eu estava bem nervosa, mordia o respirador com tanta força que saí com o maxilar doendo no fim do passeio! Mas o meu instrutor parecia acostumado com marinheiros de primeira viagem e teve muita paciência e cuidado. Ficamos uns minutos treinando tudo na superfície primeiro.

Bom, mas nem tudo é perrengue no mergulho. Lá em baixo é a descoberta de um mundo novo. Eu já sou maravilhada com o mergulho livre, mas o autônomo traz uma sensação muito mais real da vida marinha. É possível observar cada detalhe com calma, dos corais, das estrelas-do-mar, das algas, dos cardumes, das tartarugas, e até de seres que outrora eram “nojentos” pra mim, como a moréia, hehe.
Mergulho em Noronha
No mergulho de Noronha, eu mal ajudava a bater as nadadeiras pra ajuda o instrutor a me levar, de tão nervosa, mas deu tudo certo! E ainda vi uma moréia de um verde musgo que nunca vi na vida, de tão brilhante.
Moréia verde - Foto: Suene Ramalho
Já em Floripa, a água estava muuuuito gelada, eu tremia, a visibilidade não estava tão boa, não consegui equalizar muito bem o ouvido (a rinite atacou um pouco antes :/), mas aproveitei muito mais o mergulho. Nadei ao lado de uma tartaruga marinha grande, vi corais vermelhíssimos e uma moréia pequena de cor arroxeada.

Mergulho Ilha do Xavier - Fpolis
 
É uma daquelas coisas que se deve fazer antes de morrer. Vale a pena.
 


3 comentários:

  1. Lih ficou animal esse post do mergulho!! caraca, quando eu li me deu vontade de entrar num bote e cair na água!! E as fotos ficaram ótimas, mto bom mesmo! =)

    ResponderExcluir
  2. Liss!! Já falei né, compartilho do "maior medo era estourar os tímpanos"...mas as fotos, e os corais, e as tartaruuugas o.o junto com seu relato empolgado (bem lis hahaha)realmente me deixaram com vontade de mergulhar agora!
    ;**

    ResponderExcluir
  3. Guria!
    Moreia é um bixo do inferno! ARGH

    ResponderExcluir